Natal e não dezembro

Entremos, apressados, friorentos, numa gruta, no bojo de um navio, num presépio, num prédio, num presídio, no prédio que amanhã for demolido… Entremos, inseguros, mas entremos. Entremos, e depressa, em qualquer sítio, porque esta noite chama-se Dezembro, porque sofremos, porque temos frio. Entremos, dois a dois: somos duzentos, duzentos mil, doze milhões de nada. Procuremos … LER MAIS

Um Cartão Misterioso IV

O calor percorria-lhe o corpinho delicado desde a ponta dos dedos até à sua cara de porcelana, tingindo-a de um tom vermelho vibrante. As suas mãos impacientes deslizavam suavemente sobre cada letra, de cada palavra do tal poema, numa busca desenfreada pelo profundo significado daqueles apaixonantes versos. Sara registava nervosamente todas as hipóteses infundadas num … LER MAIS

Poemas Breves

Rita e Maria 1.Por entre as flores, Numa dança coreografada, A borboleta de mil cores Pousa numa pétala delicada. 2. Branca e suave como algodão, Pairando como um balão, Preciosa como diamante em mar de escuridão, A Lua cintilante cabe inteira na minha mão.   Beatriz e Ana Nos obscuros e silentes oceanos Cardumes delicados … LER MAIS

Barroco – literatura e pintura em diálogo

A pintura barroca vigorou na Europa, especialmente no séc. XVII, e é característica dos regimes absolutistas e contrarreformistas. Esta vertente artística caracteriza-se pela aposta nas cores, no realismo, nos volumes, nos jogos de luzes (oposições entre o claro e o escuro e iluminações projetadas) e por tendências pictóricas e simétricas, com o objetivo de seduzir, … LER MAIS

Sem educação, os homens “vão matar-se uns aos outros”, diz António Damásio

  O neurocientista António Damásio advertiu que “se não houver educação maciça, os seres humanos vão matar-se uns aos outros”. O neurocientista português falava no lançamento do seu novo livro A Estranha Ordem das Coisas, que decorreu esta terça-feira em Lisboa, na Escola Secundária António Damásio, e defendeu perante um auditório cheio que é preciso … LER MAIS

Páginas Soltas (Diários)

 Oceano Atlântico, 6 de julho de 1588   Que barulho ensurdecedor ressoava na parte exterior do convés! Avistei o capitão muito sobressaltado e percebi logo o que se passava quando levantei o olhar e me deparei com uma enormíssima extensão de terra. Um sentimento de profunda felicidade apoderou-se de mim, tornando este despertar precoce, às … LER MAIS