O cenário de uma praça iluminada pelo sol e alegrada por várias formas de expressão (música, escrita, rádio, literatura) é a primeira imagem com que nos deparamos. No entanto, uma espécie de força superior, obscura, incompreensível e impiedosa ganha vida sob a forma de sombra e chuva negra e impede a arte, a informação de serem partilhadas. Esta é a força dos sistemas opressores que restringem a liberdade dos indivíduos e que, ainda hoje, contaminam governos de muitos países, tanto na Europa como fora dela.
É importante refletir, cada vez mais, sobre este valor que, embora retirado a muitos, não deixará de ser um direito universal. É crucial não ceder à pressão da censura, mas lutar contra ela, fazer com que a nossa voz seja ouvida e fazer vingar tanto a nossa própria liberdade como a dos que nos rodeiam.
Matilde Santo Amaro, nº 24, 11.ºA
A liberdade de expressão é um direito intrínseco e essencial ao ser humano, mas este e muitos outros direitos são negados por muitos que pouco ou nada fizeram para a obter. A produção “The Shape” de Jaco Van Dormael, apropriando-se das palavras do poeta Paul Éluard, demonstra, de forma evidente e metafórica, a negação da liberdade aos que mais a merecem.
A opressão, representada pela chuva negra e a sua maléfica ação destruidora sobre a arte, a escrita, a música, é exemplo claro da atitude proibitiva de líderes que censuram e eliminam todo e qualquer tipo de voz que possa afirmar-se como livre. No entanto, num grito de liberdade, a revolta humana, exigente de poder falar, de poder expressar-se, de poder ser livre, é a prova de que a voz do povo se sobrepõe sempre ao silêncio da opressão.
José Guilherme Ribeiro, 11.ºA
Liberdade de expressão é um direito básico do ser humano. No entanto, nem todos os indivíduos refletem este mesmo pensamento.
Vivemos livres até um certo ponto. Vivemos livres até à chegada de alguém com poder suficiente para nos privar dessa liberdade. Esse alguém, como ilustrado no vídeo “The shape” da responsabilidade da Comissão Europeia, é como uma nuvem negra, que, a pouco e pouco, vai retirando pedaços da nossa capacidade de sentir e dizer o que realmente pensamos. As nossas opiniões e o nosso individualismo são lentamente apagados. Textos, livros, poemas, filmes, arte e música, produzidos com o carácter único de cada criador, são descartados, e, em troca, recebemos outros, adulterados. O indivíduo que usou a sua liberdade para se livrar da dos outros manda modificar e produzir, segundo os seus próprios ideais. Ficamos, assim, sob o comando de um único cérebro, de uma nuvem negra, até que alguém tome a iniciativa de se lhe opor, ao mesmo tempo que encoraja os restantes, por ela afetados, a lutar por um direito que é indubitavelmente seu.
Saibamos todos garantir a impossibilidade de existir um universo uniformemente escuro, pelo qual a censura tanto anseia.
Rita Lobo, nº 15, 11ºC