Porque as coisas grandes não têm nome

Passava apressadamente, naquele dia cavernoso de fevereiro, num corredor nobre do conservatório. Como sempre, o cheiro do soalho e da chuva, que parecia engolir a janela, fazia-me entrar num mundo de Romance e Utopia, de uma arte desenfreada e prazerosamente bela. A poesia em música, não a poesia das palavras mortas, não; a verdadeira poesia, … LER MAIS

Viagens Literárias

Após reviverem o percurso de vida do náufrago mais inspirador da literatura, Robinson Crusoé, os alunos de sexto ano viveram o seu próprio naufrágio imaginário. Aqui ficam as suas memórias escritas. 1. 22 de agosto Esta manhã vivi o meu primeiro confronto com a morte. Acordei bem cedo, assustado com o som dos trovões que … LER MAIS

Ler, escrever, ser mulher. Perigo!

Há alguns anos ofereceram-me um belíssimo livro ilustrado que se chamava As Mulheres Que Lêem São Perigosas. Não era, embora possa parecer, um manifesto machista contra a leitura praticada por membros do sexo feminino, mas tão-só um excelente apanhado de pinturas representando mulheres a lerem nos mais variados contextos e épocas. Um dia destes, porém, mandaram-me … LER MAIS

No rescaldo das Correntes d’Escritas

UBIQUIDADE Escrevo em Lisboa, mas o alimento para estas palavras veio da Póvoa de Varzim. […] Sábado, 15h, Teatro Almeida Garrett à cunha. “Nada acaba no fim”, chama-se a última sessão deste périplo de emoções escritas, lidas, ditas. Livros. Mas «se não forem lidos, se não lhes acrescentarmos tempo, eles não existem», realça José Luís … LER MAIS

O que andamos a ler no 10º, 11º e 12º anos

TERCEIRO DIA Vésperas Devo confessar, encontro-me perdido nas minhas conjeturas, a desafiar a racionalidade. Nem as obras de Roger Bacon me parecem iluminar, guiar-me nesta penosa senda da verdade que me escapa. Múltiplas justificações emergem como resposta à dolorosa carnificina que atinge o mosteiro; tantas suposições tornam esta busca pelos factos impenetrável e inatingível. Temo … LER MAIS

Uma lente para o mundo ou o reflexo do ser

Numa época em que as pessoas andam à velocidade da luz, executam múltiplas tarefas simultaneamente e iludem o seu cansaço com cafés e bebidas energéticas, é fundamental preservarmos a nossa individualidade e libertarmo-nos da frieza calculista da sociedade. Sempre tive uma paixão pela fotografia, mas a chama desta forma de arte avivou-se recentemente. Por isso, … LER MAIS

Impressões

I «Certa manhã de outono, chovia a cântaros e a tempestade que se formava rugia como um leão feroz. O vento forte e rugoso batia na pele das pessoas, congelando-as com o seu frio gélido de lâmina. A chuva indomável caía gota a gota até rebentar, multiplicando-se em milhares de gotículas sobre o chão de … LER MAIS

Viagem a Marburg

Oscar Wilde escreveu “Nada pode curar a alma, mas os sentidos, assim como nada pode curar os sentidos, mas a alma.” De quando em vez, isolo-me com a distância infinita que o tempo me concedeu entre a existência – entre a magia e o sonho, aliás – de uma figura como Wilde e o período … LER MAIS

Ponte(s)

Queimei-as. A todas. Estou sozinho nesta ilha abandonada. Sem escapatória. Os precipícios que a cercam não me permitem saltar para as águas que a envolvem em busca de salvação. O mar revolto esmagar-me-ia contra as rochas afiadas, de qualquer modo. Talvez fosse o melhor a fazer… Toda a minha existência é marcada pela miséria. Nasci, … LER MAIS