Crítica de série televisiva

A série, baseada no romance de Jay Asher, representa um excelente exemplo dos problemas e obstáculos que atravessam a vida de um/uma adolescente do século XXI.

Quanto ao assunto da série televisiva, podemos apontar o facto de a personagem principal, Anna Baker, cometer suicídio, deixando um rasto de treze cassetes, que descrevem as respetivas treze razões que conduziram à sua morte. Assim, toda a ação se desenrola em volta da triste história de Anna, bem como das restantes treze pessoas que contribuíram para o seu desespero, que agora se encontram deparadas com as cassetes que as culpabilizam.

Como é do conhecimento geral, o suicídio adolescente é uma realidade cada vez mais assustadora. É inegável o crescente número de jovens que acabam com a sua vida de uma tão triste maneira. E, sobre isso, a minha opinião relativamente a esta série é bastante contraditória.

Numa primeira análise, o facto de Jay Asher dirigir uma forte crítica a realidades como o bullying e o abuso físico e psicológico nas camadas mais jovens da sociedade torna-se bastante positivo, na medida em que previne estas situações através do trágico exemplo de Anna Baker. Por outro lado, a reação da personagem feminina face às situações de que é vítima pode também considerar-se negativa, visto que não passa uma imagem de força aos possíveis espectadores com problemas semelhantes, incitando-os a desistir, a tomar o caminho mais fácil.

Em conclusão, a série em questão apresenta um enredo cativante e original, bem como uma visível qualidade dos atores que desta fazem parte. Todavia, os possíveis impactos sociais que “Thirteen reasons why” pode ter na vida dos espectadores adolescentes tanto podem ser bastante positivos como nefastos.

 

Ana Lia Ferreira, 11º ano C

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