A liberdade garante-nos a identidade. A verdadeira expressão de quem somos. Qual o propósito de uma vida privada do seu mais íntimo sentido?
A luta pela liberdade torna-se, assim, essencial. É um propósito atribuído a uma vida que parecia inicialmente condenada. Morrer a lutar pela liberdade, pelo direito a usufruir daquilo que é nosso por direito, é dar a vida para que outros como nós não tenham que olhar o mundo pelos grilhões das algemas com que nos tentaram forçar a viver. Pensemos, portanto, em todos os que, silenciosamente, se sacrificaram para pôr fim à ditadura em Portugal. Pela liberdade de todo um povo.
No entanto, não será a morte pior do que ser privado de liberdade? Para muitos, talvez. Os que se deixam cegar pela ilusão com que tentam mascarar a prisão em que nos colocam. Uma vez vislumbrado o objetivo, não é opção voltar atrás. É, como diria Malcolm X, “o voto ou a bala”. Tudo ou nada. Nenhuma mentira que nos contem poderá ser melhor do que manter a dignidade que merecemos.
Assim, é impossível não concordar com Bob Marley. Se não a podemos ter, deixem-nos dar o pouco que temos, a nossa vida, para que o futuro traga a liberdade.
Francisco Caetano 12.º A