Entre Folhagem #3

António Nobre [1867-1900] chega a Paris em outubro de 1890. Em abril de 1892, o livreiro Léon Vanier [editor de Verlaine, Mallarmé e Rimbaud], imprime os 230 exemplares da 1.ª edição do . Trata-se de uma publicação quase mítica na história da literatura portuguesa, de cujo processo de edição se sabe pouco. É um dos livros mais desejados pelos bibliófilos portugueses.
Só

1.ª edição, 1892 [poesia].

Paris, Léon Vanier, Éditeur [19, Quai Saint-Michel, 19].

“Je déclare que M. Francisco de França Amado, libraire-éditeur, 141, rua da Calçada, Coimbra: est mon unique représentant et dépositaire de , pour Portugal. L.V.” | “Achevé d’imprimer le deux avril mil huit cent quatre-vingt-douze pour Léon Vanier, éditeur par Henri Jouve — 15, Rue Racine, 15, à Paris.”

Tomás Costa nasceu em 1861, em Santiago de Riba-Ul [Oliveira de Azeméis]. Em 1882 ingressou na Academia Portuense de Belas-Artes, onde foi discípulo dos mestres Marques de Oliveira e Soares dos Reis, e condiscípulo de António Teixeira Lopes. Em 1885 concorreu ao lugar de pensionista do Estado, em Paris, e partiu para a capital francesa, onde estudou [com Alexandre Falguière e Antonin Mercier], esculpiu e participou em importantes exposições.

Em 1890, recém-chegado a Paris, António Nobre procurou Tomás Costa, que desenhou e esculpiu o busto do poeta em 1892 [ano da 1.ª edição do ]. O desenho foi reproduzido na 2.ª edição do [em 1898] e o busto foi reproduzido em bronze pelas oficinas Sá Lemos [Vila Nova de Gaia] e integrado num monumento inaugurado no Porto [no Jardim da Cordoaria], em 1927. Mais tarde, foram inauguradas réplicas em Coimbra, Penafiel, Funchal, Leça da Palmeira e Póvoa de Varzim.

O poeta e o escultor regressaram a Portugal. António Nobre morreu no Porto, em 1900, e Tomás Costa morreu em Lisboa, em 1932.

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