Year: 2016
Quando Sá-Carneiro mostrou o caminho a Pessoa
Um século depois do seu suicídio em Paris, aos 25 anos, Mário de Sá-Carneiro ainda não se libertou inteiramente da gigantesca sombra de Fernando Pessoa, continuando muitas vezes a ser visto como o amigo extravagante do grande poeta universal, uma espécie de número dois do nosso primeiro modernismo. No entanto, se o poeta de Indícios … LER MAIS
Porque as coisas grandes não têm nome
Passava apressadamente, naquele dia cavernoso de fevereiro, num corredor nobre do conservatório. Como sempre, o cheiro do soalho e da chuva, que parecia engolir a janela, fazia-me entrar num mundo de Romance e Utopia, de uma arte desenfreada e prazerosamente bela. A poesia em música, não a poesia das palavras mortas, não; a verdadeira poesia, … LER MAIS
Em Ouro e Alma — Correspondência de Mário de Sá-Carneiro com Fernando Pessoa
«Enfureço-me. Queria compreender tudo, saber tudo, realizar tudo, dizer tudo, gozar tudo, sofrer tudo, sim, sofrer tudo. Mas nada disso faço, nada, nada. Fico acabrunhado pela ideia daquilo que queria ter, poder, sentir. A minha vida é um sonho imenso. Penso, às vezes, que gostaria de cometer todos os crimes, todos os vícios, todas as … LER MAIS
A anacronia dos cravos em Memorial do Convento
“(…) deixe-se ficar Baltasar onde está, a ver passar a procissão, os pajens, os cantores, os cubiculários, os dois tenentes da guarda real, um, dois, com prima farda, diríamos hoje de gala, e a cruz patriarcal levando ao lado as virgas rubras, os capelães de varas levantadas e molhos de cravos nas pontas delas, ai … LER MAIS
Se eu pudesse trincar a terra toda
Se eu pudesse trincar a terra toda E sentir-lhe um paladar, Seria mais feliz um momento … Mas eu nem sempre quero ser feliz. É preciso ser de vez em quando infeliz Para se poder ser natural… Nem tudo é dias de sol, E a chuva, quando falta muito, pede-se. Por isso tomo a infelicidade … LER MAIS
Centenário da morte de Mário de Sá-Carneiro
Na próxima terça-feira, pelas 19h, a Cátedra de Sophia/ Poesia e Transcendência evocará a memória do poeta Mário de Sá-Carneiro, que pôs fim à sua vida precisamente no dia 26 de abril de 1916, em Paris. José Rui Teixeira proferirá a conferência: “Qualquer coisa de intermédio. Da estesia à astenia: o sono abúlico, a morte e … LER MAIS
Será a Clonagem Moralmente Aceitável?
“O organismo humano. Único em toda a complexidade do Universo. O resultado de três biliões de anos de evolução. Perfeito em todos os aspetos exceto um. Como todas as máquinas, deixa de funcionar.” (Bay, 2005) “A História da Humanidade é a História da busca da imortalidade”. (Carvalho e Silva, 2008) Em plenos anos noventa, a … LER MAIS
O Universo Distópico de “Laranja Mecânica”: do Livro ao Filme
“Laranja Mecânica” (1975), de Stanley Kubrick “A bondade é uma opção. Se um homem não puder optar, deixa de ser homem” Inúmeras foram as obras que marcaram o panorama literário e cinematográfico do século XX, pelas mais variadas razões: pelo dramatismo das mesmas, pelo indomável amor que pauta algumas ou ainda pela brutalidade e … LER MAIS
Entre Folhagem #3
António Nobre [1867-1900] chega a Paris em outubro de 1890. Em abril de 1892, o livreiro Léon Vanier [editor de Verlaine, Mallarmé e Rimbaud], imprime os 230 exemplares da 1.ª edição do Só. Trata-se de uma publicação quase mítica na história da literatura portuguesa, de cujo processo de edição se sabe pouco. É um dos livros mais … LER MAIS